Relance

 

 

 

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Ein Glanz auf der nase. O ‘certo brilho no nariz’ a partir do que Freud vai escutar a glance to the nose. O brilho indeterminado que o sujeito emprestava para o nariz que quisesse, e que funcionava tal qual a roupa nova do rei, invisível para quem não era rei. Freud encontrou na língua materna a determinação. Não era o brilho, mas o nariz o fetiche. Não um nariz qualquer, mas um nariz efetivamente olhado. Não um olhar qualquer, nem mesmo uma olhadela. Aí a determinação lingüística não deixa dúvidas: a glance, ou seja, um olhar de relance. O nariz onde resvalou o olhar. Por um tempo suficientemente curto para que o sujeito possa alegar não ter olhado direito, e portanto não saber bem do que se trata.

Mas o nariz também mente. É mesmo dele que se trata? De todo modo, a excitação provocada pela mentira reiterada faz o nariz ficar cada vez maior.

Psicanálise e Sociedade. Esse trabalho, em encontros semanais, completa nove meses, tempo em que viemos sustentando a visada, iniciada num relance, de que ‘sociedade’ e ‘sociedade de psicanálise’ são uma única e mesma coisa. Questão de método: conhecemos a primeira estudando a segunda. Do que se trata? Da formação do analista. Metemos nosso nariz onde somos chamados.

Então, compartilhamos. Três frutos desse trabalho: a retradução do “Ato de Fundação” escrito por Lacan em 1964; uma entrevista com um dos pioneiros da psicanálise no Brasil, o Dr. josé Cândido Bastos; e os registros do que foi produzido a partir de encontros anteriores neste blog aqui.

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